SENDO FELIZ A PARTIR DO VERDADEIRO REFERENCIAL

Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. João 15.5

Durante a história da existência humana o homem experimentou muitas observações científicas e filosóficas, que com o passar do tempo foram sendo aperfeiçoadas. Uma das mais modificadas, durante a evolução do conhecimento, foi a questão do "centro do universo" ou "centro da existência". Nesta visão já especulou-se ser a Terra, o centro do universo, ou o Sol, ou ainda o homem, como sendo o peso ou a medida de todas as coisas. Neste último caso, com o antropocentrismo, o crivo humano passa a ser o "aprovador" do que é verdadeiro, do que é válido, do que é correto e justo, enfim, o homem passa a decidir o que é melhor para si mesmo, afinal, ele é o centro de toda a existência.
Alguns dizem que a visão de antropocentrismo já foi suplantada, e que hoje não vemos mais as coisas dessa forma. Na verdade, o que houve foi um aperfeiçoamento dessa visão renascentista, mas morrer ela nunca morreu, tão pouco foi esquecida.
Quando olhamos para a nossa sociedade, e vemos a maneira como nos portamos diante do nosso próximo, podemos detectar facilmente que o individualismo tem ditado as regras nas ruas. É triste ver como fazemos de tudo (ou quase tudo) para nos darmos bem diante dos outros. É triste percebermos como estamos dispostos a sujeitarmos os outros às nossas vontades, para que assim possamos alcançar os nossos objetivos e sermos bem sucedidos naquilo que queremos. É trágico demais vermos o nosso comportamento egoísta e mesquinho, tentando alcançar a qualquer custo a nossa felicidade individual. Simplesmente estamos dispostos a tudo para sermos felizes.
Uma das frases que já virou bordão na atualidade é "eu quero é ser feliz, nem que para isso eu tenha que...". Nem que para isso eu tenha que humilhar alguém, ou mentir para alguém, ou enganar alguém, ou abandonar alguém, enfim, nem que para isso eu tenha que passar por cima do outro.
O individualismo é fruto de uma visão errada que o homem desenvolveu, envolto no pecado, em que o mesmo não precisa de Deus para nada em sua vida. Na verdade, Deus passa a ser o coadjuvante na história, servindo apenas para servir ao homem, para que este seja feliz, e nunca, entristecido ou decepcionado.
O grande problema em tudo isso é que geramos, sem querer, ou sem imaginar, uma humanidade mimada, depressiva e vazia de si mesma.
O grande mal dos últimos séculos não é o câncer, não é o ebola, não é o HIV, mas a depressão. Nunca houve uma venda tão expressiva de anti-depressivos, nunca houve tantos casos de depressões e complexos, como há em nossos tempos. E tudo isso por quê? Porque o homem se esqueceu de quem ele é, se esqueceu para o que ele existe, e se esqueceu do motivo de sua existência. Tudo isso acontece porque achamos que todos os nossos desejos devem ser realizados, com hora e data marcadas, mas se isso não acontece, nos entristecemos. Achamos que devemos viver para sermos felizes, mas quando não conseguirmos encontrar a verdadeira felicidade (por não sabermos onde e como buscar) nos deprimimos. Vivemos muitas vezes uma vida vazia, tentando preencher com coisas fúteis, passageiras e totalmente sem sentido, achando que dessa forma nos afirmamos como pessoas diante dos outros.
Tudo errado! Está tudo errado!
O apóstolo Paulo, em sua carta aos Romanos, diz que a vontade de Deus é boa, é perfeita e é agradável (Romanos 12.2). É possível viver sob essa vontade, é possível desfrutar dessa benignidade, perfeição e graça. 
Quando nos voltamos para Jesus, e nos identificamos com Ele, na Sua obra de redenção na cruz, entendo que somos pecadores, merecedores de castigo e deveríamos estar no lugar dEle, automaticamente nos encontramos como verdadeiras pessoas. Nesse processo, a nossa verdadeira individualidade é restaurada, e passamos de vidas sem sentido para vida abundante (João 10.10).
O homem não foi criado para estar longe de Deus, pelo contrário, ele só se encontra, verdadeiramente, quando ao lado do Senhor. Parece que fomos "programados" para estarmos sempre próximos de Deus, e quando nos afastamos, começamos a especular coisas que nos afastam cada vez mais dEle, e nos arrastam para um mundo sem vida, sem sentido e sem graça.
Por fim, gostaria de considerar esta palavra de Jesus: Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. (João 15.5)
O homem não é capaz de gerar vida para si mesmo. Tudo o que possui, tudo o que é, vem de Deus, querendo ou não. O homem não pode gerar felicidade para si mesmo, por isso ele sempre busca felicidade em algo ou em alguém. Jesus nos diz que Ele é a videira, e nós, como homens, somos convidados a sermos os galhos dessa videira, para que ligados a Ele possamos viver a partir da vida que Ele gera, e possamos gerar frutos, frutos que edifiquem, frutos que abençoem, frutos que permaneçam e ecoem na eternidade.
Seja feliz querido leitor, mas seja feliz a partir de quem pode te dar a verdadeira felicidade, Jesus Cristo. Seja completo, mas seja completo por quem pode te completar verdadeiramente, ou seja, Jesus Cristo.
A felicidade não pode ser o fim, nem o motivo principal de uma vida, mas a consequência de uma vivência a partir do verdadeiro ponto de partida, Deus, e não o nosso ego.

Que Deus te abençoe, em nome de Jesus! Fique na Paz!