ORAÇÃO BÍBLICA

Por Rafael S. Gomes

E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segunda a Sua vontade, Ele nos ouve. 1 João 5.14
Há pouco tempo tive a oportunidade de ministrar a palavra na igreja em que comungo, e nessa mesma oportunidade o tema proposto foi "oração". Tenho certeza que algumas pessoas saíram naquela noite do culto perguntando-se a respeito de suas atitudes em oração, outras, talvez, tenham questionado em seus corações a mensagem ministrada. No entanto, o que eu tive em mente, e busquei transmitir aos irmãos, com fundamento na palavra de Deus, é que a oração não é um instrumento místico com o qual alcançamos nossos desejos e caprichos, mediante petições incansáveis a Deus.
Me entristece ver como essa ferramenta tremenda [a oração], disponibilizada por Deus a nós, tem sido tratada de maneira tão inferiorizada por muitos crentes de nossas igrejas. Quando contrastamos nossas orações com as dos grandes homens de Deus do passado, tanto do Antigo Testamento, como do Novo Testamento, vemos quão diferente é a base usada por eles da base usada por nós [muitas vezes], sabendo pelo texto bíblico que constantemente eles muniam-se dos textos escriturais, reivindicações das promessas e atributos de Deus, e o mais importante, direcionando suas petições para a glorificação do nome do Senhor. [1 Rs 18.36,37; Dn 2. 17-23; Hc 3.1-19]
Não é à toa que vemos tantas pessoas frustradas em oração. Aquele que não tem comunhão com o Pai, em Cristo, e não dá-se a conhecer mais da Sua palavra, é o que mais se frustra em oração. Já aqueles que estão em comunhão com Senhor, regozijam-se constantemente em oração, tendo ou não a sua petição atendida como espera, pois na verdade a sua alegria está em ver a vontade soberana de Deus ser manifesta em sua vida, e não seus caprichos e desejos próprios.
Abaixo, segue um texto extraído do site Monergismo.com, com os devidos créditos no fim, que fala muito bem sobre esse aspecto da vida cristã.

Deus abençoe a sua vida!

ORAÇÃO FUNDAMENTADA NA ESCRITURA
Por Phillip G. Kayser 

Precisamos aprender a como fundamentar todas as nossas orações e todas as nossas ações na Bíblia. Orar de acordo com a vontade de Deus (1 João 5.14) significa simplesmente fazer orações escriturísticas. Isso envolve reivindicar as promessas de Deus, suplicar os atributos de Deus, alinhar nossas orações aos mandamentos de Deus, e encher nossa adoração, confissão, ações de graças e súplicas com o texto da Bíblia. Que maneira extraordinária de aumentar a fé dos guerreiros de oração!
Infelizmente, muitas pessoas carecem de fé porque procuram fundamentar as suas orações na vontade secreta de Deus (tentando adivinhar quais podem ser os Seus decretos). Contudo, em nenhum lugar somos ordenados a discernir a vontade secreta de Deus e de alguma forma fazer dessa vontade secreta a base da nossa vida de oração. Na verdade, o exato oposto é verdadeiro. Deuteronômio 29.29 diz: “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei”.
Adivinhar quais poderiam ser os decretos de Deus não nos daria confiança na oração, todavia, é precisamente confiança aquilo que Deus deseja que tenhamos quando somos chamados a orar de acordo com a Sua vontade. 1 João 5.14 diz: “E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve”.
Se alguém examinar as orações de Neemias, Daniel, Moisés e outros santos, descobrirá que esses guerreiros da oração eram confiantes em suas orações porque eles enchiam as suas orações com as promessas de um Deus que não pode mentir. Eles ancoravam as suas orações no caráter de um Deus que é fiel, e alinhavam os seus desejos com os desejos revelados de Deus.
A minha oração é que este livreto leve você a ter um novo zelo e autoridade em sua oração e ação, pois você não apenas reconhece que não pode fazer nada sem Cristo (João 15.5), mas também está convencido de que pode fazer todas as coisas por meio de Cristo, aquele que te fortalece (Fp 4.13).

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto – janeiro/2012
Extraído de www.monergismo.com